domingo, 15 de agosto de 2010

Um poema para a moça que pede poemas.

Quando vejo o sol
as estrelas
a lua
os arranha-céus
um cadillac 73
ou uma bela mulata
eu sinto a poesia.
Eu sinto a poesia vindo
arrombando caminho garganta a fora.
Quando te vejo
não sinto nada.
Só desespero.
O coração sem controle
os pulmões cansados
as pernas tremendo.
Me sinto debilitado.
Embasbacado.
Mas poesia
não.
Não a sinto
não sinto nada

(Alberto Salgado)

Mensagem de bom dia!

Sabe o que sinto?
Sinto que te tiraram de mim.
Sinto que enfiaram a mão pela minha goela
e arrancaram sem nenhuma piedade meu coração
junto com as tripas
o estômago
e os pulmões.
Tudo de uma vez.

Hoje acordei com saudades de você.
E não me conformo.
Não me conformo em perder o cupom premiado da mega-sena.

Por fim,
você é um inconveniente na minha vida.
Me faz chegar bêbado no trampo
e até oferecer meu cu para um cara chato dando em cima de ti.
Você é meu incoveniente favorito!


(Alberto Salgado)